Fístula Esofagotraqueal

Fístula traqueoesofágica ou esofagotraqueal é a comunicação anormal entre a traqueia e o esôfago. Esta condição provoca a entrada de alimentos e líquidos do esôfago para a traqueia e desta para os brônquios e pulmões, provocando o afogamento durante a ingestão de líquidos e de alimentos.

Causas

Em recém-nascidos, crianças e adultos, a causa mais comum para a fístula traqueoesofágica ou esofagotraqueal é aintubação (em UTI) por um longo período.

É comum a ocorrência de fístula após algumas situações como traumatismo (ferimento por arma branca ou de fogo) na região cervical (pescoço) ou na região do tórax, em decorrência da invasão de um tumor maligno de regiões vizinhas (pulmão, esôfago, mediastino) e em pessoas que foram submetidas a qualquer cirurgia dessas regiões como lesões malignas ou benignas da laringe, tireoide, esôfago, tumores do tórax, entre outras. Em crianças que aspirem ou ingiram acidentalmente algum objeto (brinco, broche, alfinete, etc) poderá ocorrer fístula por lesão cortante da traqueia (muito raro) ou do esôfago (menos raro).

Sintomas

– Afogamento ou engasgo com a própria saliva ou com alimentos

– Tosse cada vez que engole a saliva ou outros

Diagnóstico

O diagnóstico definitivo é feito por intermédio da endoscopia respiratória / broncoscopia e da endoscopia digestiva alta, examinando toda a via aérea e digestiva. Pode também ser confirmada por exame deglutindo contraste baritado.

Tratamentos Cirúrgicos

A grande maioria dos casos de fístula traqueoesofágica ou esofagotraqueal exigirá intervenção cirúrgica. São dois os principais procedimentos:

Cirurgias abertas: realizada através de uma incisão na região cervical ou torácica (depende onde se encontra a doença) para a ressecção (retirada) do tecido que apresenta a fístula. É o mais eficaz dos procedimentos.

Em nossa equipe contamos com endoscopista respiratório e digestivo, cirurgião torácico, cirurgião do aparelho digestivo, pneumologista infantil e de adultos.

Cirurgias Endoscópicas
Realizadas sem incisão, mas é eficaz apenas para pouquíssimos casos.

Uso de prótese internas “stents”

Indicado apenas como um tratamento paliativo para pacientes em crítico estado até que ele se recupere e possa ser submetida à cirurgia definitiva.

Tratamento não-Cirúrgico

Se a sintomatologia não for muito exuberante poderá não haver necessidade de tratamento cirúrgico imediato, mas isso raramente acontece. As tentativas são de obstruir a fístula e desviar o trânsito dos líquidos e dos alimentos. Isso é alcançado (ao menos parcialmente) utilizando cânulas orotraqueais ou de traqueostomia (colocados nas vias aéreas), e ministrando alimentos ao paciente utilizando sondas (geralmente de gastro ou jejunostomia).